Por que o capacete para ciclistas é apenas um boné de isopor sem qualquer poder mágico

Criança pedalando em ciclovia, sem capacete.
Foto por: Rachel Schein

Daniel Guth e João Lacerda escreveram um excelente artigo na Folha sobre o uso de capacete por ciclistas. A idéia (tanto lá quanto aqui) não é desencorajar o uso do equipamento, mas combater a frequente idéia de que capacete deveria ser obrigatório para ciclistas. Capacete não é item obrigatório para ciclistas, e nem deve ser.

“Cadê o capacete?”

“Quer exigir direitos sem respeitar os deveres? Cadê o capacete?”

“Você está errado. Está sem capacete!”.

Quem nunca ouviu uma das frases acima é porque nunca pedalou na cidade. O senso comum muitas vezes nos leva a conflitos urbanos que podem culminar em situações extremamente desagradáveis e degradantes, como levar uma fina educativa ou um xingamento de um motorista que se sentiu particularmente confrontado porque você está pedalando sem capacete.

O texto publicado na folha traz excelentes fontes de dados para suportar as afirmações abaixo:

  • Uso do capacete não é um item obrigatório pela legislação brasileira
  • Ciclistas estão menos expostos a ferimentos e traumas na cabeça do que pedestres, motociclistas e até motoristas de carro
  • Obrigar o uso do capacete é a pior forma de promover o uso de bicicleta e produz efeito inverso ao desejado
  • Capacetes são inócuos para proteger sua cabeça
  • Capacetes e equipamentos de proteção individual desviam a atenção dos problemas reais
  • Países com maiores índices de uso de bicicleta têm os mais baixos índices de uso de capacete
  • Uso de capacete aumenta o comportamento de risco
  • Um capacete salvou minha vida! (será?)
  • Usar capacete = levar mais finas!
  • Indústria automobilística incorporou, desconfie.

Leia tudo: “Entenda por que o capacete para ciclistas é apenas um boné de isopor sem qualquer poder mágico“.