As 10 Leis Imutáveis do Storytelling (Narrativa)
1. Narrativas são sobre pessoas
Mesmo que sua organização seja focada em ajudar outras empresas a trabalhar mais efetivamente, fomentar mudanças políticas ou ajudar animais; são seres humanos que conduzem a ação. Seu protagonista precisa ser uma pessoa, que vai guiar a audiência pela narrativa.
2. As pessoas na sua narrativa precisam querer algo
A história não começa até a audiência saber claramente qual é o objetivo do protagonista e se importar com ele. Faça isso no primeiro trecho da história.
3. Narrativas precisam ser fixas no tempo e espaço
Quando você começar a contar sua história, sua audiência vai querer saber quando e onde a ação acontece. Se você os ajudar a esclarecer isso rapidamente, eles vão te seguir mais facilmente para os trechos mais significativos.
4. Deixe seus personagens falarem por si próprios
Use citações (aspas) e narrativa em primeira pessoa para os personagens parecerem mais realistas e autênticos.
5. Audiências se entediam rapidamente
Nos primeiros trechos, você precisa fazer a audiência se perguntar “o que vai acontecer agora?” ou “como isso vai terminar?”. Conforme os acontecimentos vão sendo apresentados, seus personagens precisam enfrentar dificuldades que façam a audiência prestar atenção.
6. Narrativas falam a linguagem da audiência
Leve em consideração que você precisa se comunicar com a audiência, portanto, certifique-se de não usar linguagem simplista ou complexa demais.
7. Narrativas ativam emoções
Humanos não pensam em coisas que não consideram importantes. Narrativas precisam ativar emoções, não do jeito melodramático, mas de um jeito que consiga se destacar da massa de informações que nos inunda diariamente e deixar claro “isso vale sua atenção”.
8. Narrativas não contam, elas mostram
Sua audiência deve ver um retrato, sentir o conflito, e ficar mais envolvido na história.
9. Narrativas devem ter ao menos um “momento da verdade”
As melhores narrativas nos apresentam algo sobre como devemos nos tratar, aos outros, ou ao mundo à nossa volta.
10. Narrativas têm um significado claro
Quando a última frase é dita, sua audiência deve saber exatamente o motivo de ter embarcado com você. Essa deve ser a mais importante regra desta lista. Se sua audiência não consegue responder “sobre o que é essa narrativa?”, tudo que você fez foi sem importância.
* Texto baseado no paper “How to Tell a Story” da Graduate School of Business da Universidade de Stanford.
Discordo que narrativa seja relacionada diretamente a pessoas especificamente. Por mais que narrar uma açao tenha a obrigatoriedade de um sujeito que entra em açao, acredito que a açao pode ser realizada por qualquer tipo de sujeito ou seja um ser. irracional, um objeto. Desde que a narrativa transmidia tenha um contexto engajante e flutuante.
Mas Rachel, a narrativa é relacionada a pessoas sim, porque se narra algo para alguém…é um processo envolvimento em uma história/contexto/… do 1) Narrador para o 2) Receptor, um processo de comunicação entende entende?
Apesar da narrativa se aplicar a muitas coisas precisa do aspecto humano pra surtir o efeito esperado.
seguindo este esquema, da pra fazer uma obra de sucesso? contruir um roteiro base pra um obra, seja literária ou cinematográfica?
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Rachel, discordo de você. Toda narrativa, ou história, é sim sobre pessoas. Mais especificamente sobre sentimentos humanos, ou sobre a natureza humana.
É possível que os personagens não sejam humanos, por exemplo, como é o caso de Wall-e (robôs) ou então Rei Leão (animais). Mas o ponto é que esses personagens não-humanos possuem sentimentos humanos, pensam como humanos e fazem coisas que humanos fariam. Sempre. E pra mim essa é a regra mais imutável sobre histórias.
Dessa forma não se pode contar a história de uma marca, mas sim do criador da marca, do gestor da marca, do consumidor da marca, e como essa marca impacta. Mas nunca da marca em si…
Muito obrigado Bruno! Realmente você explicou muito claramente o que aprendi lá em Stanford sobre storytelling, sentimentos humanos são o centro de toda (boa) narrativa. Obrigado pelo comentário!
Engraçado, li a mesma coisa que vocês, mas interpretei diferente. Você pode contar a história de uma pedra. Se emprestar a ela essas sensações ou valores humanos, porque é com isso que as pessoas irão se conectar. Acho que é isso que nos faz humanos, não nossas características físicas. Aliás, tem um curta alemão com pedras muito bom.
Exatamente. O Bruno explicou com clareza de idéias. Não que a história seja sobre pessoas mas relacionada aos sentimentos das mesmas independente do que seja. Tks
Parabéns, muito bacana o artigo!
Faz sentido. De qualquer forma, é uma pena que a narratologia seja uma das formas de arte com teoria menos sofisticada. Dá pra evoluir bastante, se alguns paradigmas forem quebrados.
Essa discussao lembrou-me “Vida de insetos”, “AntZ”, entre outros. A narrativa, em meu entendimento é um caminho interessante para compreendermos o universo simbólico de nossas relações no mundo. Ops acho que dei uma viajada, mas até que faz sentido. Valeu a leitura.
Adoro storyteling, penso em fazer minha monografia/TCC sobre isso.
Boas regras!
Eu também tinha estranhado essa limitação a “pessoas”, mas logo percebi o que quer dizer, mesmo que seja uma éspécie de “presopopeia”, os personagens são pessoas.
O trecho que causa confusão é este: “são seres humanos que conduzem a ação”, e neste ponto discordo, por mera questão semântica, seres humanos são uma espécie distinta de outros personagens que podem ser considerados pessoas.
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