startups que usam IA para “otimizar” trabalho policial
startups que usam Inteligência Artificial para “otimizar” trabalho policial na produção de relatórios policiais, como Abel, refletem uma tentativa de otimizar tarefas burocráticas no policiamento, mas levanta questões profundas quando analisado sob a ótica do abolicionismo penal. Abel foi inicialmente construído com imagens amadoras gravadas em casa pelo fundador e seus amigos, sem qualquer rigor estatístico, usando encenações de crimes como jogar lixo nas ruas – quando se constrói a tecnologia a partir de dados tão frágeis, “treinar de novo” usando dados reais não resolve os problemas estruturais inseridos na construção da tecnologia. essa abordagem de “hominho do vale do silício” (lembra do Elon Musk atrapalhando o resgate de crianças numa caverna na Tailândia?) destrói a legitimidade dos algoritmos e revela uma indiferença às complexidades da vida real e à diversidade de cenários que a polícia encontra, reforçando a mecanização da justiça. ao invés de aliviar a carga burocrática dos policiais para que possam “fazer o trabalho que escolheram”, deveríamos questionar o sistema como um todo, que muitas vezes sobrecarrega comunidades vulneráveis com desemprego, doenças, falta de moradia, violência e criminalização. a tecnologia, quando mal utilizada, pode legitimar e perpetuar um sistema penal falho e violento. a real solução não está em facilitar o trabalho policial, mas em construir imediatamente uma sociedade que precise de menos policiais, e podemos começar com moradia popular ou com programas para reduzir suicídio entre policiais – o maior risco para um policial no Brasil é suicídio, índice de auto-extermínio é maior do que o risco de ser morto por “bandidos”.
Marcos tudo bem?
Preciso que remova meu nome desse link site por gentileza.
https://marcogomes.com/blog/2011/historias-de-sucesso-de-pequenas-empresas-que-anunciam-na-internet-com-a-boo-box/