Usando a validação de páginas como um diferencial de mercado
Depois de vários posts falando sobre coisas que eu não entendo, vamos nos enveredar por um caminho que já conheço um pouco: Padrões Web, código XHTML e CSS, e relacionamento com clientes.
Valide seu código (não é sarcasmo, é real)
Validação não significa nada
, é verdade, concordo plenamente que o que importa é o bom senso
. De nada adianta perder 40 horas para economizar uma div no seu código se o site vai ter média de 5.000 visitas por mês. Se você está montando um hotsite que será retirado do ar em 3 meses, não vale a pena gastar metade do prazo do projeto em um problema que pode ser facilmente resolvido com um truque CSS (hack, workaround, não importa). Mas, acredite em mim, validação tem preço.
O cliente não sabe XHTML e CSS
O resultado do validador é como um diploma de ensino superior: na prática não vale muita coisa, a realidade pode ser contrária ao que o comprovante especifica, porém, ainda é a melhor garantia instantânea (pra quem não tem tempo ou conhecimento para avaliar melhor).
Seu cliente não sabe XHTML e CSS, ele não consegue olhar o código-fonte da página e perceber onde há erros reais e onde há aplicações de bom senso, ele não sabe a especificação do HTML e do XHTML de cabeça pra fazer uma verificação no código que você entregou, logo, ele precisa confiar em alguém.
Os validadores são a prova
Por motivos óbvios, ás vezes o cliente não pode confiar apenas na garantia do programador de interfaces que montou o site, em certos casos é bom ter a análise de alguém de fora do projeto. Para não contratar um consultor em Padrões Web, o que iria impactar em um aumento do custo final do projeto, ele pode confiar em um serviço especializado em verificar código de páginas web: o software validador.
Com a aprovação do validador, o cliente, leigo, tem uma prova que o documento segue regras internacionais. Além disso ele tem uma quase-garantia que as páginas irão funcionar em plataformas menos usuais, como dispositivos móveis e motores de busca. Existe a possibilidade do montador ter estruturado tudo errado, mas já que não dá pra contratar um consultor, pode-se conviver com esta dúvida.
Por isso, ao entregar seus projetos, entregue também uma documentação técnica com as principais características do código das páginas, neste documento inclua um anexo com print-screens dos resultados das análises de validadores, dê preferência aos mais conhecidos: daSilva, W3C Markup Validation Service, HiSoftware® Cynthia Says™, mas quanto mais validações, mais moral com o cliente.
Diferencial de mercado
E já que você vai entregar o projeto aprovado nos principais validadores, por que não usar isso como um diferencial?
Inclua em suas propostas que o projeto será verificado nos principais validadores de código e acessibilidade usados no mundo.
Diga que a conformidade com estes validadores cumpre o Decreto lei 5.296 de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta a Lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000, também conhecida como a Lei brasileira de acessibilidade, pode incluir também o cumprimento da Section 508, lei americana de acessibilidade.
Com isso, a montagem entra em conformidade com padrões internacionais, garantindo compatibilidade com dispositivos de acesso à web da atualidade e do futuro.
Se você fizer tudo certinho, nada do que está escrito acima é mentira e o cliente vai ficar ainda mais feliz por ter um site bonito e compatível com cafeteiras e relógios de pulso.
Boa sugestão, até agora consegui convencer poucos clientes das vantagens dos webstandards… as minhas boas experiências somente aconteceram no meio acadêmico (com instituições de ensino) e com portais governamentais (órgão público)…
Agora, vai falar pro zé da esquina que o site dele vai ser acessível…. ele quer um site bonito, com bolinhas piscando (antigamente em flash, agora ele ouviu falar de um tal de ajax e web2.0), e que venda muito, mas muito mesmo… código limpo, legível, validado e acessível é irrelevante pra ele… entendeu a mensagem?? Voltamos exatamente a discussão do bom senso…
…quero ver o zé da esquina vender pra mim se eu abrir no meu browser padrão e o site virar um quebra-cabeças.
…quero ver o zé da esquina vender pra mim se eu abrir no meu browser padrão e o site virar um quebra-cabeças.
Boa colocação leandro, mas quando falamos em acessibilidade, compatibilidade de browser é apenas 5% do contexto.., tem muito mais coisa envolvida no assunto, sobretudo compatibilidade entre dispositivos, compatibilidade com recursos desabilitados… entre outras coisas….