Cortes do Pablo Marçal?💰 Pagar micro-influenciadores para publicar posts patrocinados #ad já foi realidade no Brasil. Eis a diferença…

O Seeding no Twitter da boo-box, disponível desde 2010 até depois da venda da empresa em 2015, usava pessoas comuns para divulgar anúncios de forma transparente – a estratégia de Pablo Marçal também mobiliza indivíduos comuns, mas enfrenta questionamentos éticos e legais. Ambas inovam ao usar pessoas comuns como vetores de publicidade, porém diferem eticamente na transparência e conformidade com normas.

Em 2010 a boo-box criou o Seeding no Twitter, uma inovação no marketing digital brasileiro. A startup que fundei em 2007 criou este serviço permitindo que marcas divulgassem suas mensagens por meio de pessoas comuns na plataforma, não apenas celebridades ou influenciadores digitais. Com 30 mil usuários cadastrados que alcançavam até 9 milhões de seguidores, os anúncios eram postados nos perfis dos participantes, identificados com a hashtag #ad para garantir transparência. Os textos eram fornecidos pelas marcas e publicados automaticamente, remunerando os usuários com base em visualizações e cliques.

A boo-box alcançou resultados significativos com o Seeding no Twitter. Em 2015, a empresa movimentou cerca de R$ 2,5 milhões na plataforma, distribuindo aproximadamente R$ 1 milhão aos tuiteiros alcançando 9 milhões de seguidores. Marcas como Intel, Paul McCartney, Magalu, Algar Telecom, e Sebrae utilizaram a ferramenta para promover seus produtos e serviços. A estratégia valorizava a recomendação entre amigos, aproveitando a influência que pessoas comuns têm em seus círculos sociais.

Recentemente, técnicas semelhantes emergiram, como a adotada por Pablo Marçal. Ele diz que criou um “campeonato de cortes“, incentivando seguidores a compartilhar trechos de seus vídeos em troca de recompensas financeiras. Assim como o Seeding no Twitter, a estratégia de Marçal utiliza pessoas comuns como vetores de publicidade, ampliando o alcance de seu conteúdo nas redes sociais.

O paralelo entre as abordagens da boo-box e Pablo Marçal está na inovação de mobilizar indivíduos comuns para promover mensagens, reconhecendo que cada pessoa é um influenciador em potencial. Ambas as estratégias exploram o poder das redes sociais e das recomendações pessoais para disseminar conteúdo de forma eficaz.

No entanto, há uma diferença ética significativa entre as duas práticas. O Seeding no Twitter operava com total transparência, sinalizando claramente o conteúdo patrocinado com a hashtag #ad e respeitando as políticas das plataformas e as normas éticas da publicidade. Os usuários tinham controle sobre os anúncios que compartilhavam e eram remunerados de forma regulamentada.

Por outro lado, a estratégia de Pablo Marçal tem enfrentado questionamentos legais e éticos. A remuneração de seguidores para divulgar conteúdo sem a devida transparência pode levar Pablo Marçal a inelegibilidade por abuso de poder econômico, especialmente se os pagamentos não forem devidamente declarados às autoridades competentes. Há relatos de influenciadores recebendo pagamentos não contabilizados para promover sua imagem, o que levanta suspeitas de abuso de poder econômico e desequilíbrio no processo eleitoral.

Em resumo, embora ambas as estratégias compartilhem a inovação de utilizar pessoas comuns como agentes de divulgação, o compromisso com a ética e a transparência é fundamental para garantir a integridade das práticas de marketing digital. O Seeding no Twitter permanece como um exemplo histórico de como essa abordagem pode ser conduzida de forma responsável, enquanto as controvérsias em torno das técnicas atuais reforçam a importância de seguir as regulamentações e agir com integridade no ambiente digital.

(este artigo foi escrito por marcogomes e editado com chatGPT o1)